Black Friday e precificação: Quando o desconto vira armadilha
- Carla Cheab

- 28 de nov.
- 1 min de leitura

Descontar é fácil. Difícil é descontar sem destruir margem.
A Black Friday se tornou o momento do ano em que as empresas expõem sua maturidade (ou imaturidade) em pricing. Locadoras que compreendem a lógica econômica do desconto usam a data para fortalecer resultados.
As despreparadas simplesmente queimam margem sem perceber.
1. O desconto como ferramenta estratégica
Desconto não é brinde — é investimento em aquisição. Portanto, precisa gerar retorno.
Quando o desconto ajuda:
aumenta o lifetime value (LTV) do cliente
reduz o CAC
elimina ociosidade da frota
acelera negociações paradas
garante volume em contratos de longo prazo
Desconto bom é aquele que:
é calculado
mantém margem mínima
tem propósito
está inserido em estratégia comercial
2. Quando o desconto destrói margens
Desconto destrutivo tem sinais claros:
concedido sem simulação financeira
usado para “não perder contrato”
aplicado em clientes sem potencial
oferecido por pressão comercial
sem regra ou governança
sem avaliação de elasticidade da demanda
Impacto real:
Um desconto de 5% pode destruir entre 20% e 35% da margem líquida, dependendo da estrutura da locadora.
3. Black Fraude: o risco que destrói reputação
Manipulação de preço antes da Black Friday:
gera danos legais
reduz confiança
destrói valor da marca
O consumidor já monitora histórico de preços. Transparência virou vantagem competitiva.
Descontos não são inimigos — são ferramentas. O problema é usá-los sem cálculo.
Locadoras maduras usam sistemas como LocPrice para simular impacto e aplicar descontos com segurança técnica.



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