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Como Precificar de Forma Estratégica em um Mercado Onde o Carro Não Vai Ficar Mais Barato

O setor automotivo brasileiro vive sua maior transformação desde a popularização dos motores flex. O vídeo “Super Executivos analisam o futuro da mobilidade nacional” sintetiza com precisão o que líderes das maiores montadoras e empresas de mobilidade já sabem: o carro não vai ficar mais barato, a mobilidade está deixando de ser posse e a precificação será o centro da competitividade das locadoras.

Neste artigo, destrinchamos os principais insights do debate e conectamos cada um deles aos desafios reais enfrentados por locadoras de veículos — especialmente no carro por assinatura, terceirização de frotas, aluguel corporativo e remarketing.

Se você quer entender como proteger margem, antecipar movimentos de mercado e preparar sua locadora para os próximos anos, este é o guia definitivo.


1. O Carro Não Vai Ficar Mais Barato — E Isso Redefine a Base da Precificação

Os executivos foram unânimes ao afirmar: não existe perspectiva concreta de queda no preço dos carros novos no Brasil.

E essa realidade é sustentada por fatores estruturais:

  • Carga tributária absurda — cerca de 55% do valor final do carro;

  • Logística pesada e ineficiente — transporte caro, infraestrutura defasada;

  • Custo de capital elevadíssimo — juros reais entre os mais altos do mundo;

  • Tecnologia embarcada crescente — ADAS, sistemas digitais, conectividade;

  • Baixo volume de produção — o mercado brasileiro é pequeno comparado ao global.

Ou seja: mesmo com incentivos e eventuais reduções pontuais, a estrutura de custo não permite quedas significativas.


Impacto para locadoras

O custo do veículo é um dos dois pilares centrais do TCO. Se ele não cai, as locadoras não podem depender de “comprar melhor” para manter margem. O caminho passa por:

  • precificação precisa,

  • gestão de residual,

  • análise de ciclo de vida,

  • estratégia de substituição,

  • cálculo real do custo de capital.

A precificação deixa de ser cálculo e passa a ser sobrevivência.


2. A Indústria Agora Gira em Torno das Locadoras — E Isso Aumenta a Pressão por Margem e Previsibilidade

O painel deixa claro que o motor de demanda da indústria automotiva mudou. Com o varejo estagnado e o consumidor final comprando menos, as locadoras se tornaram o principal cliente das montadoras.

Hoje são as locadoras que:

  • geram escala de produção;

  • definem mix de vendas;

  • influenciam valores residuais;

  • determinam ritmo de renovação;

  • absorvem estoques;

  • movimentam o mercado de seminovos.

Isso significa que o setor ganhou poder — mas também ganhou responsabilidade.


Impacto para precificação

Quando você passa a ocupar o centro da indústria, o jogo muda:

  • Não ganha quem compra melhor.

  • Ganha quem revende melhor.

  • Ganha quem calcula melhor.

  • Ganha quem controla margem.

Locadoras que não dominam precificação ficam expostas e vulneráveis mesmo comprando bem.


3. Assinatura e Mobilidade como Serviço Exigem Outra Lógica de Precificação

O consumidor está migrando da posse para o uso. E isso muda tudo.

Modelos como:

  • carro por assinatura,

  • assinatura corporativa,

  • quilometragem flexível,

  • planos modulares,

  • gestão de frota como serviço,

estão crescendo aceleradamente. E esses modelos são sustentados por uma característica central: valor percebido.

O usuário prioriza:

  • previsibilidade,

  • comodidade,

  • baixa fricção,

  • troca rápida de modelo,

  • acesso à tecnologia sem custo inicial.


Impacto na precificação

A fórmula muda: Preço deixa de ser “custo + margem” e passa a ser “valor percebido + posicionamento”.

Tecnologias passam a justificar preços maiores porque elevam a percepção de valor.

Ou seja: a precificação deixa de ser matemática isolada e passa a ser estratégia de percepção.


4. Eletrificação e Baterias: A Nova Variável Mais Crítica do Valor Residual

A queda acelerada do custo das baterias — impulsionada por:

  • avanços nas baterias de lítio,

  • chegada das baterias de sódio,

  • produção em massa na China,

  • novas químicas de maior durabilidade,

está transformando a curva de TCO dos elétricos.


Os elétricos tendem a:

  • custar menos no futuro,

  • desvalorizar mais rápido a cada nova tecnologia,

  • ter ciclos de vida mais curtos,

  • perder valor residual de forma mais imprevisível.


Impacto na precificação

Para locadoras, isso significa:

  • necessidade de modelos mais sofisticados de previsão de residual;

  • maior dependência de dados reais de mercado;

  • simulações constantes de cenários;

  • ciclos menores;

  • risco maior de margem se o residual for mal calculado.

Precificar elétricos não é aplicar outro percentual. É criar um modelo econômico diferente.


5. Valor Residual se Torna o Eixo Central da Margem

Se antes o residual era importante, agora ele é absolutamente decisivo.

Com carros mais tecnológicos, digitais e conectados:

  • marca influencia residual,

  • software determina liquidez,

  • atualizações OTA preservam (ou destroem) valor,

  • modelos chineses têm comportamento imprevisível,

  • diferentes motorizações têm curvas diferentes.


Impacto direto

Se a locadora errar o residual:

  • erra os custos,

  • erra o preço,

  • erra a margem.

O residual passa a ser o núcleo da precificação moderna.


6. Decisões de Preço Devem Ser Dinâmicas — Tabelas Estáticas Ficam Obsoletas

O setor vive hoje:

  • volatilidade,

  • oscilações de demanda,

  • ciclos tecnológicos curtos,

  • mudanças regulatórias rápidas,

  • clientes com comportamento variável.

Nesse cenário, precificação estática destrói margem.


Locadoras precisam de:

  • simulação de cenários,

  • integração com dados reais da operação,

  • Análise de dados e impactos no preço.

É exatamente isso que ferramentas especializadas como a LocPrice fazem: transformam variáveis complexas em decisões automáticas com previsibilidade.


A mensagem do vídeo é clara:

  • o carro seguirá caro,

  • o consumidor seguirá migrando para o uso,

  • os elétricos vão mudar o TCO,

  • o residual será mais volátil do que nunca,

  • a indústria dependerá cada vez mais das locadoras,

  • a tecnologia embarcada altera percepção e preço,

  • mobilidade será serviço, não posse.

Em um ambiente assim, precificação não é cálculo: é estratégia central. Locadoras que dominarem essa competência:

  • serão mais lucrativas,

  • terão operações mais previsíveis,

  • tomarão menos riscos,

  • crescerão com segurança,

  • liderarão o futuro da mobilidade no Brasil.

As que não dominarem… serão engolidas por quem dominar.


 
 
 

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