Inadimplência: o custo invisível que pode corroer sua margem
- Carla Cheab

- 22 de mai.
- 2 min de leitura
Atualizado: 13 de jun.
Quando falamos em custos operacionais de uma locadora de veículos, é comum pensar em manutenção, seguro, depreciação ou impostos. Mas há um custo silencioso, que não aparece diretamente nas planilhas, mas tem impacto direto no caixa e na saúde financeira da empresa: a inadimplência.
A inadimplência é mais do que um simples atraso no pagamento. Ela representa um risco financeiro contínuo — e, em muitos casos, previsível — que precisa ser tratado como um custo estrutural do negócio. Ignorá-la na formação de preços significa assumir que 100% dos contratos serão pagos corretamente, o que na prática é raro, principalmente em operações B2B com contratos longos ou em grande volume.
Por que a inadimplência deve ser considerada na precificação?
Impacto direto no fluxo de caixa: Cada contrato inadimplente representa um valor que deixa de entrar no caixa. Como o capital da locadora está constantemente imobilizado em ativos (veículos), o não recebimento compromete o giro e pode afetar desde o pagamento de fornecedores até a expansão da frota.
Custo oculto da cobrança: A inadimplência gera um custo operacional adicional: tempo da equipe para negociar pagamentos, sistemas de cobrança, gastos com telefonia, envio de notificações e, em alguns casos, honorários advocatícios. Mesmo quando há recuperação do crédito, esse processo consome recursos que precisam ser precificados.
Risco jurídico e reputacional: Em inadimplências severas, é necessário recorrer a medidas legais para reaver valores ou até veículos. Isso gera despesas jurídicas e desgastes com clientes, impactando a reputação da locadora, especialmente em mercados corporativos.
Perda de valor do ativo durante a inadimplência: Um veículo alugado e não pago continua depreciando. Ou seja, mesmo sem receita, o custo segue correndo. Isso agrava o impacto da inadimplência, tornando urgente a recuperação do bem.
Como incorporar a inadimplência no seu modelo de precificação
Assim como já se faz com impostos e depreciação, a inadimplência precisa ser quantificada e diluída na formação do preço. Veja como fazer isso de forma prática:
Use o histórico da sua operação: analise os dados dos últimos 12 a 24 meses. Qual foi o percentual de inadimplência real? Esse número será a base para aplicar um fator de risco no preço.
Segmente por tipo de cliente ou contrato: empresas pequenas, contratos com prazos mais longos geralmente apresentam maior risco. Ajuste a precificação de acordo com o perfil.
Crie uma “reserva de inadimplência”: ao aplicar, por exemplo, um adicional de 2% sobre cada contrato, você forma um fundo que compensa as perdas em casos de não pagamento.
Utilize ferramentas que automatizam esse cálculo: com a LocPrice, você consegue incluir o risco de inadimplência na lógica de precificação, ajustando-o automaticamente por tipo de cliente ou região, e acompanhando sua evolução com indicadores atualizados.
Conclusão: precificação inteligente é precificação realista
A inadimplência faz parte da realidade do setor de locação de veículos. Negar sua existência é abrir mão de lucros e colocar o negócio em risco. Ao incorporá-la de forma estratégica na formação de preços, a locadora não apenas protege sua margem, mas também fortalece sua capacidade de investimento e crescimento.
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